Caminhadas ajudam na recuperação de pessoas com demência vascular
Um estudo realizado nas Universidades da Colúmbia Britânica, no Canadá, de Western, em Londres,e de Iowa, nos Estados Unidos, mostrou que caminhadas de 30 minutos, três vezes por semana, podem ajudar a combater a demência vascular. A doença é a segunda causa mais comum de perda de memória em idosos depois do Alzheimer.
A pesquisa, publicada no periódico The British Journal of Sports Medicine, foi feita com 38 voluntários diagnosticados com a deficiência. A demência vascular ocorre quando vasos sanguíneos cerebrais sofrem danos que prejudicam a circulação de sangue na região, tornando difícil o raciocínio.
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A doença é associada a problemas no coração e hipertensão, e acredita-se que a redução na pressão arterial ajude na diminuição dos sintomas. Partindo desse ponto, os pesquisadores resolveram testar os efeitos de exercícios físicos em pacientes, já que a atividade geralmente ajuda na resolução de problemas cardíacos e arteriais.
Os pesquisadores separaram os participantes em dois grupos: um deles iria praticar 30 minutos de caminhada em três dias da semana durante seis meses; o outro, seria uma equipe de controle que apenas assistiria a vídeos sobre saúde e nutrição. Nenhum dos voluntários eram praticantes assíduos de atividades físicas e estavam todos na fase incial da doença.
Para avaliar se existira ou não uma melhora nos sintomas da demência, todos passaram por testes de memória e raciocínio antes e depois do período de exercícios. Os resultados dos exames revelaram que a hipótese dos cientistas estava correta: os praticantes de caminhada obtiveram progressos na perfomance cognitiva, além de melhora na pressão cardíaca.
Segundo os pesquisadores, a principal diferença observada por eles foi no uso do cérebro para realizar pequenas atividades. Os sedentários realizavam muito mais trabalho para processar tarefas simples do que os não sedentários.
O grupo de médicos afirma, porém, que mais pesquisas precisam ser feitas e que planejam verificar, no futuro, os efeitos de exercícios mais leves ou pesados no tratamento de demência vascular. Para eles,o estudo é significativo porque oferece um alternativa fácil e acessível para aqueles que forem diagnosticados nos primeiros estágios da doença.
(com informações de New York Times)
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