Planta amazônica é a nova arma contra o mosquito da dengue
Uma planta encontrada nas áreas alagadas da Floresta Amazônica pode ser a mais nova arma contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Os pesquisadores do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG) estão desenvolvendo um larvacida e um repelente a base da Montrichardia linifera, planta que também é conhecida como aninga.
O estudo vem acontecendo há dez anos, quando o grupo soube, por meio da população ribeirinha, que não existiam mosquitos transmissores da malária nas regiões onde a planta se encontrava. A partir daí, o grupo trouxe a planta para analisar seu composto químico. Foi quando descobriram que os extratos de aninga inibiam o crescimento dos ovos do Plasmodium falciparum, o parasita causador da malária.
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Há três anos, uma equipe de 20 especialistas vêm trabalhando no desenvolvimento de um composto com a planta, extratos das espécies do gênero Montrichardia e outros óleos essenciais para criar um repelente efetivo contra o mosquito Aedes aegypti.
De acordo com Cristine Amarante, uma das participantes do grpo, algumas das substâncias repelentes são produzidas pela planta em situação de estresse. Como a aninga nasce em ambientes alagados, como margens de rios, igapós e várzeas, isso acaba ocorrendo naturalmente.
Depois de ter publicado um estudo em 2010 sobre os usos da M. linifera no comabte à malária, a equipe pretende desenvolver uma formulação contra o Aedes aegypti e repassar essa tecnologia para uma empresa especializada. "Esperamos bons resultados pelas substâncias que já encontramos, que são reconhecidamente repelentes na literatura", explicou Amarante em declaração ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
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