Do que é feito o batom vermelho?
Dava para fazer um samba-enredo, daqueles que começam no Egito Antigo e terminam nos mais novos protagonistas da arte contemporânea. De Cleópatra a Liniker, de arma de sedução a símbolo de empoderamento, o batom vermelho ganhou moral e simbolismo. “É o tom que fica bem em qualquer tipo de pele. Se considerarmos todos os fototipos de pele e sua imensa régua de tons, o vermelho fica bem em todos eles”, diz Gustavo Dieamant, gerente de pesquisa do Grupo Boticário.
A fórmula, claro, também mudou. Lá atrás, os lábios eram pintados com pigmentos vegetais de sementes coloridas, como urucum. Aliás, a ex-senadora Marina Silva, identificada com as causas ambientais, é dessa turma — por conta de alergias, usa a tinta natural da beterraba para maquiar os lábios com um tom semelhante ao carmim. Mas o batom mais próximo do que conhecemos pintou (perdão pelo trocadilho) na França, e era resultado da mistura de óleo essencial de tangerina, essência de limão, talco e corante vermelho.
Hoje, a estrutura do batom provém de uma combinação de ceras com emolientes, pigmentos e resinas que garantem a permanência do produto nos lábios. Isso para não falar de uma gama de “brindes”, como hidratantes, perfumes e até filtro solar.
Octildodecanol (emoliente)
Presente também em desodorantes, é um dos “amaciantes” dos batons.
Acetato de tocoferol (antioxidante)
Comum em cremes, promete barrar os radicais livres, que aceleram o envelhecimento.
Oleato de decila (condicionante)
Cria um “filme” na pele que dá uma aparência suave e acetinada.
Vermelho 27 (corante)
Foi banido dos EUA por suspeita de ser cancerígeno, mas é liberado no Brasil.
*Com apuração de Cartola — Agência de Conteúdo | Fontes: Grupo Boticário, Anvisa
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