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Quantas dessas mutações genéticas você tem?

 (Foto: Pixabay)

 

A variedade da espécie humana é uma das coisas mais bonitas da natureza, e só ocorre por conta de uma palavrinha nem sempre bem vista: mutações. Antes de lembrar-se dos X-Men, as mudanças genéticas também resultam em diferenças como a cor dos olhos ou dos cabelos. 

Pensando nisso separamos algumas das mutações mais comuns presentes nos seres humanos para provar que não é necessário ser o Professor Xavier para se consiederar um mutante.

Olhos azuis
Mesmo que cerca de 8% da população mundial tenha olhos azuis, a mutação que deu origem a ela é incrivelmente recente na história da nossa espécie. Embora todos os humanos tivessem olhos castanhos, pesquisadores conseguiram apontar a mutação que levou à coloração azul. Enquanto as mudanças no gene chamado OCA2 causam uma alteração na quantidade de pigmento produzido na íris, criando diferentes tons de marrom, é a mutação em um gene próximo chamado HERC2 que atua como um interruptor que desliga a OCA2, causando a falta do pigmento marrom: os resultados são os olhos azuis. 

Os especialistas conseguiram rastrear essa variante genética e notaram que ela ocorreu entre 6.000 e 10.000 anos atrás. A primeira pessoa de olhos azuis provavelmente morou na Europa, já que um esqueleto de 7 mil anos encontrado na Espanha tinha essas características. 

Tolerância à lactose
Esse é um ótimo exemplo da evolução dos seres humanos. Não nascemos para ingerir e tolerar leite proveniente de outras espécies, mas esse hábito, tão comum em algumas sociedades ocidentais, mostra a mutação que sofremos.

Há cerca de 10 mil anos, quando os europeus começaram a domesticar animais como vacas, uma mutação no gene MCM6 possibilitou que algumas pessoas continuassem produzindo a enzima lactase, permitindo-lhes beber leite. 

Cabelos ruivos
Junto com olhos azuis e tolerância à lactose, esta é uma das mutações genéticas mais conhecidas. Embora muitas pessoas conheçam ruivos, a cor do cabelo ainda é bastante rara: de 4 a 5% da população tem cabelos acobreados. Cabelos ruivos são mais comunns em pessoas que nasceram na Escócia e no País de Gales, provavelmente porque essas nações estavam bastante isoladas no passado recente.

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Bochechas coradas
Cerca de 36% dos asiáticos do nordeste têm essa mutação genética, o que significa que, quando eles bebem álcool, sua pele fica avermelhada. Esse rubor facial não é — como a maioria das pessoas pensa — porque estão bêbados, mas sim porque são parte de uma resposta imune que ocorre por conta de uma substância que é quebrada no fígado.

Em algum momento do passado não muito distante, houve uma mutação pontual no gene que codifica a enzima ALDH2, que evita que o álcool seja totalmente digerido, o que significa que algumas substâncias tóxicas intermediárias se acumulem e causem uma resposta imune.

Não ter o dente do siso
Extrair o dente do siso pode ser um problema pra grande parte das pessoas — mas não para todas. Aproximadamente 40% dos asiáticos, 10 a 25% dos americanos de descendência europeia e 11% dos afro-americanos não tem esse dente. Além, é claro, do povo indígena Inuíte: cerca de 45% deles não nasceram com o dente. 

Acredita-se que, como todos os mamíferos, nossos antepassados tiveram três conjuntos de quatro molares na parte de trás da boca para ajudar a moer a dura vegetação que comiam. Mas, como conseguiram controlar o fogo, os alimentos que comiam se tornaram mais macios e seus dentes se tornaram mais estreitos, eliminando o espaço necessário para o conjunto que chamado de "dentes do siso". O fóssil mais antigo conhecido pela falta de terceiros molares é da China e tem cerca de 350 mil anos de idade.

(Com informações de IFLScience!.)

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