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Reciclagem está perto de virar coisa de astronauta

Chave fabricada com impressora 3D na ISS (Foto: NASA)

 

Entre tantos riscos e desafios que envolvem a exploração espacial, a escassez de recursos é uma das principais. Não há muito o que aproveitar enquanto se está em órbita a 408 km da superfície da Terra, então a opção dar um jeito de colocar tudo no foguete antes de partir para o espaço.

Desde o ano passado, porém, a Braskem, empresa brasileira líder na produção de biopolímeros, e a americana Made in Space, especializada no desenvolvimento de impressoras 3D em gravidade zero, encontraram uma forma de reduzir o peso da bagagem dos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS).

Em vez de carregar tudo da Terra, pequenos objetos que são muito utilizados, como parafusos, chaves, presilhas para segurar os fios e bicos conectores, passaram a ser manufaturados diretamente no espaço, com o uso de impressoras 3D. Veja a máquina em ação.

A matéria-prima utilizada é o chamado plástico verde. Desenvolvido pela Braskem, substitui os petroquímicos pela cana de açúcar na produção. “A vida no espaço é tão limitada que te obriga a fazer um uso mais eficiente dos recursos”, afirmou Andrew Rush, CEO da Made In Space, durante o “Imprimindo o Futuro”, realizado no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

No evento, um aquecimento para o Wired Festival que acontece nos dias 1º e 2º de dezembro no Rio de Janeiro, ele revelou os próximos passos na ISS. A partir do segundo semestre de 2018 a impressora 3D deve ganhar companhia: uma recicladora de plástico.

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A ideia é que, com o equipamento, o plástico complete seu ciclo, sendo reaproveitado dentro da própria Estação Espacial. Juntos, vão contribuir para a redução dos custos e do peso das missões espaciais, aumentando a autonomia e sustentabilidade das viagens de longa duração.

“A única coisa que os astronautas vão ter que fazer é encher a máquina com plástico velho, seja partes quebradas ou embalagens usadas, que ela transforma em filamentos de polietileno para ser utilizado na impressora 3D”, contou Andrew Rush. Uma das principais preocupações dos desenvolvedores foi garantir que os equipamentos não emitam nenhum tipo de gás tóxico ou nanopartículas de plástico.

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