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Brasileiro que lutou contra a estigmatização da aids ganhará biografia

O ativista Herbert Daniel (Foto: Reprodução)

O ativista brasileiro Herbert Daniel morreu em decorrência da aids, em 1992. Mas deixou uma série de obras importantes, que refletem a questão do preconceito — os entretítulos desta reportagem fazem referência ao seu trabalho. Conversamos com o historiador norte-americano James Green, que vai lançar sua biografia em 2018: 

Daniel fez parte da mesma organização de Dilma Rousseff na ditadura. Acha que a militância o influenciou no ativismo em relação à aids?
Absolutamente. Uma das primeiras causas que ele abraçou foi contra uma campanha do governo que trazia a ideia de que pessoas com HIV representavam perigo. Ele combatia isso dizendo que quem tinha o vírus recebia uma “morte civil”. Para ele, a melhor maneira de enfrentar o preconceito era com solidariedade.

Acha que as ideias dele podem ser revisitadas ainda hoje?
Ele tinha várias ideias que ainda são revolucionárias. Daniel acreditava que, se a pessoa tivesse apoio, ela conseguiria enfrentar a doença muito melhor. Ele foi um homem muito corajoso, foi uma das primeiras pessoas conhecidas a se assumir gay e soropositivo, numa época em que isso era muito difícil.

Qual foi sua maior lição?
Ele usava muito uma frase, que era “Viva a vida”. Fosse na clandestinidade lutando contra a ditadura, fosse no exílio ou no processo de democratização, ele queria viver plenamente, dando amor e solidariedade aos outros.

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