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Maconha pode interferir em sua vida sexual — e isso é uma boa notícia

Camisinha sabor cannabis (Foto: Divulgação/Cannadom)

 

Durante muito tempo, médicos e cientistas defenderam que fumar maconha diminui o desejo sexual e prejudica a performance. Um estudo publicado no final de outubro por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Stanford mostra que essa crença não só está errada, como a realidade é exatamente oposta. “O uso frequente de maconha está associada ao crescimento da frequência do coito”, afirma Michael Eisenberg, professor assistente de urologia e um dos autores do estudo.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram as informações de 50 mil pessoas entre 25 e 45 anos recolhidas na Pesquisa Nacional de Crescimento Familiar. Assim conseguiram analisar questões como o número de vezes que fizeram sexo nas quatro semanas que antecederam o questionário, e com que frequência fumaram um baseado durante 12 meses. Os cientistas compilaram as respostas desde 2002, quando a pesquisa começou a ser feita.

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Entre os homens, 24.5% afirmaram terem usado maconha, tendo feito sexo 7.1 vezes, em média, durante as quatro semanas. Entre os que não usaram a droga, o número cai para seis vezes. Já entre as mulheres, o número de usuárias foi de 14,5%, sendo que essas fizeram sexo 6,9 vezes, em média, contra 5.6 para as que não são. Resumindo, os maconheiros estudados transaram 20% mais vezes que os abstêmios.

De acordo com Eisenberg, essa tendência observada serve para pessoas de todos os sexos, raças, idades, nível educacional, padrão de renda, religião, e estado de saúde, independente se é casado ou solteiro, se tem filhos ou não. Em todos os casos, a frequência sexual cresceu de forma constante conforme o aumento do uso de maconha.

Os pesquisadores, no entanto, não souberam afirmar o motivo de isso acontecer. Só sabem que não se trata do estereótipo de usuários de maconha terem tendência a serem menos inibidos. Se fosse assim, números semelhantes seriam encontrados entre usuários de cocaína ou álcool, por exemplo, o que não aconteceu.

Eisenberg, porém, fez questão de deixar claro: “Isso não quer dizer que se você fumar mais maconha, vai fazer mais sexo”. Afinal, é de maconha que a gente está falando, não de milagre.

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