Ads Top

Mulher que observou eclipse sem proteção teve retina queimada

 (Foto: JAMA Ophthalmology/New York Eye and Ear Infirmary of Mount Sinai)

 

O eclipse que parou os Estados Unidos em agosto de 2017 teve consequências negativas para a saúde da jovem Nia Payne, de 26 anos: suas retinas foram queimadas pela luz emitida pelo evento. 

Isso porque a garota contrariou as recomendações oficiais e passou cerca de 6 segundos olhando diretamente para o sol (no momento 70% coberto), e mais 15 ou 20 com óculos de proteção — que depois se revelaram inadequados.

 (Foto: NASA)

 

Quando chegou ao hospital, dois dias após o ocorrido, os médicos ficaram chocados com o que viram. O ponto negro em sua visão e o dano em na retina de Payne tinham o formato muito semelhante ao do próprio eclipse.

Segundo Avnish Deobhakta, um dos especialistas que estudou o caso, disse ao The Washington Post, o fato provou que as "intuições dos cientistas estavam corretas" em suas teorias de como o sol danifica o olho.

Leia mais:
9 imagens incríveis do eclipse
5 mitos da antiguidade que explicam os eclipses

O problema é conhecido pelos médicos como retinopatia solar, uma "forma rara de lesão retiniana resultante de luz solar direta", observou o estudo. Ocorre quando a energia do sol queima essencialmente a retina e pode acontecer mesmo quando o sol é coberto pela lua durante um eclipse solar, já que muitos raios do sol ainda atingem a Terra.

 (Foto: JAMA Ophthalmology/New York Eye and Ear Infirmary of Mount Sinai)

 

"Achamos que os raios do sol danificaram a camada fotorreceptora em um padrão muito específico, como uma crescente", disse Deobhakta. O que fez ainda mais sentido após Payne desenhar o formato que via em uma folha, já que as formas eram muito semelhantes.

Para os especialistas, o que ocorreu com a jovem é uma oportunidade para que queimaduras do tipo sejam estudadas mais a fundo e até, quem sabe, encontrar uma solução para o problema, que também pode ser causado por outras fontes de luz, como lasers.

 (Foto: JAMA Ophthalmology/New York Eye and Ear Infirmary of Mount Sinai)

 

Atualmente Nia Payne está treinando para usar mais o olho direito, que ficou menos danificado, mas ainda tem muitas dificuldades, principalmente para ler. "Até agora é um pesadelo, e às vezes me deixa muito triste ao fechar os olhos e vê-las [as manchas]", afirmou a garota à CNN.

Curte o conteúdo da GALILEU? Tem mais de onde ele veio: baixe o app da Globo Mais para ver reportagens exclusivas e ficar por dentro de todas as publicações da Editora Globo. Você também pode assinar a revista, por R$ 4,90 e baixar o app da GALILEU.

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.